A VI Feira da Música de fortaleza aconteceu de 15 a 18 de agosto de 2007. Estive na edição de 2005 (fazendo show com a Camerata Brasileira) e em 2006 não pude comparecer, o que talvez me tenha feito perceber tão claramente o aumento significativo da estrutura e da programação da FMF: nova programação de estandes, novos palcos para shows, aumento do número de expositores e uma grade de palestras e oficinas de muito fôlego. Tudo isto fez da feira um grande sucesso, o que não a livra de pequenas ressalvas, entre elas a baixa freqüência de público aos painéis de debates e a coincidência de horários de eventos. Ainda que seja uma iniciativa louvável, a realização de um curso de preparação para participação em rodadas de negócios no mesmo horário em que as rodadas aconteciam precisa ser repensada, pois um sabota o outro - apesar do foco de interesse ser o mesmo, é impossível participar dos dois. Estes são detalhes que de forma alguma diminuem a grandeza do evento. Ponto importante a salientar - destaque nas Feiras da Música de Fortaleza - é a hospedagem no SESC Iparana Concentrar todos os músicos no mesmo local propicia não só um intercâmbio que gera novas amizades como também possibilita rever amigos antigos, e as Jam Sessions que resultam disso são imperdíveis. Ivan Ferraro (a quem chamo carinhosamente de Sr. Feira da Música), Valéria Cordeiro e toda sua equipe são exemplos de tenacidade e persistência dos quais este país precisa, e muito.
Por fim, quero registrar que na FMF estive na agradável companhia de Mariana Martinez, uma das mentoras do Circuito Gaúcho de Música Independente e integrante da organização da Feira da Música do Sul, a qual se pretende realizar em abril de 2008. Mariana conheceu e respirou detalhes importantes que envolvem uma evento deste porte e tenho certeza de que trouxe uma bagagem importante para nosso estado.
O pequeno vídeo abaixo eu fiz em um dos deslocamentos entre Iparana e Fortaleza, enquanto pegava o depoimento de Napoleão de Assunção, do programa/projeto "No PE do Ouvido", de Pernambuco. Pode-se ver músicos de diversos estados no ônibus, puro networking!
sábado, 25 de agosto de 2007
quinta-feira, 26 de julho de 2007
Seminário Internacional de Diversidade Cultural
Achei sensacional a realização do Seminário Internacional de Diversidade Cultural, principalmente as discussões sobre políticas culturais. Sem menosprezar as outras participações acho que vale a pena dar uma conferida em especial na do professor Hugo Achugar, diretor do Observatório de Políticas Culturais do Uruguai, que tem uma visão bem contemporânea sobre o assunto. Eu gostaria realmente de que os dirigentes públicos que trabalham na área da cultura dessem uma lida nos pronunciamentos de Achugar, principalmente os do meu estado (RS) e os de minha cidade (Porto Alegre). Suas idéias sobre os equívocos do estado, o censo da cultura e os fluxos culturais podem ser lidas na Agência Brasil, neste endereço.
Boa leitura,
Boa leitura,
terça-feira, 17 de julho de 2007
Sociedade Brasileira de Economia da Cultura
Recebi hoje o Informativo nº 67 da Representação Regional Sul do MinC e junto com ele a notícia da criação da Sociedade Brasileira de Economia da Cultura, que acontecerá no último dia do Seminário Internacional em Economia da Cultura, dia 20 de julho próximo. A sociedade será formada por instituições públicas e privadas que tenham foco na Cultura como elemento estratégico para o desenvolvimento econômico do país. A matéria original está neste endereço.
Eu que andava com ciúmes do Chile, da Inglaterra, dos Estados Unidos, da Índia, da Nigéria, da Áustria e da Argentina - por estarem estes países muito desenvolvidos em seus estudos e trabalhos sobre economia da cultura - respiro agora mais aliviado e vejo que talvez nós, brasileiros, não ficaremos apenas de espectadores da história. No Brasil os núcleos criativos possuem grande diversidade e força e é desnecessário falar do quanto a cultura que produzimos é apreciada no exterior e de quantas divisas poderia gerar. Mesmo assim ainda somos dependentes das benesses do Estado - através das leis de incentivo - para fazer circular nossos produtos culturais e até mesmo para gerá-los. A auto-sustentabilidade que alguns países alcançaram ou estão alcançando ainda é um sonho distante para nós, brasileiros. Espero que a criação da Sociedade Brasileira de Economia da Cultura seja um importante instrumento para o desenvolvimento de nossas economias criativas.
Vamos nos mexer! Um abraço,
Eu que andava com ciúmes do Chile, da Inglaterra, dos Estados Unidos, da Índia, da Nigéria, da Áustria e da Argentina - por estarem estes países muito desenvolvidos em seus estudos e trabalhos sobre economia da cultura - respiro agora mais aliviado e vejo que talvez nós, brasileiros, não ficaremos apenas de espectadores da história. No Brasil os núcleos criativos possuem grande diversidade e força e é desnecessário falar do quanto a cultura que produzimos é apreciada no exterior e de quantas divisas poderia gerar. Mesmo assim ainda somos dependentes das benesses do Estado - através das leis de incentivo - para fazer circular nossos produtos culturais e até mesmo para gerá-los. A auto-sustentabilidade que alguns países alcançaram ou estão alcançando ainda é um sonho distante para nós, brasileiros. Espero que a criação da Sociedade Brasileira de Economia da Cultura seja um importante instrumento para o desenvolvimento de nossas economias criativas.
Vamos nos mexer! Um abraço,
quinta-feira, 12 de julho de 2007
Ritual Music of Ethiopia
Ritual Music of Ethiopia foi lançado em janeiro de 1973 pelo selo Folkways Records / Smithsonian Folkways, que é o selo do Smithsonian Institution, o museu nacional dos Estados Unidos. É um trabalho impressionantemente rico, um bálsamo para ouvidos cansados das atuais gravações pasteurizadas onde todo mundo parece soar como todo mundo. É quase impossível escutar as 14 faixas do disco e não ser chacoalhado por um sentimento estranho de inquietação, seja estética, intelectual, emocional, o que seja. Sobre isso falou muito bem Michael Azerrad, Editor-in-Chief do eMusic. Segundo ele se você escutar este CD por mais de sessenta segundos e ainda não estiver alucinado talvez seja melhor verificar se você tem pulso. Concordo com ele!
Você pode escutar amostras do CD no emusic.com ou no próprio Smithsonian Folkways Recordings.
Espero que desfrutem. Grande abraço!
Você pode escutar amostras do CD no emusic.com ou no próprio Smithsonian Folkways Recordings.
Espero que desfrutem. Grande abraço!
quinta-feira, 5 de julho de 2007
Deputados e Cultura
Terça-feira estive na audiência pública que teve como objetivo discutir o financiamento da cultura, audiência esta convocada pela Comissão de Educação, Cultura, Desporto, Ciência e Tecnologia da Assembléia Legislativa do RS. Não sei se estou correto, mas entendi que os prazos para emendas e demais trâmites de costume já estavam fechados. Assim sendo, o que nós, sociedade civil, estávamos fazendo lá? Juro que não entendi...
Mas tem mais: fiquei impressionado com o despreparo dos deputados para tratarem do tema cultura, pois ainda que a discussão tenha sido pertinente as questões abordadas eram muito primárias. Enquanto outros países e alguns estados brasileiros discutem economia da cultura, cultura sustentável e creative clusters, entre outras questões de ponta, nós no RS ainda estamos pensando numa maneira de punir os produtores culturais que "agirem fora da lei". Pior do que isso: estamos cegos, surdos e loucos com o paternalismo estúpido de um estado que insiste em "financiar" a cultura tão somente. Acho que precisamos mudar a tônica da discussão. Se você conhece algum deputado minimamente ligado à cultura aqui vão algumas dicas de leitura: informações sobre o movimento funk carioca, o tecnobrega do Pará, o cinema da Nigéria, o CREA - Incubadora de Industrias Creativas y Empresas Culturales de Córdoba (Argentina), o Convénio Andrés Bello (Chile) e o Creative Clusters (Inglaterra) irão fazer bem ao seu trabalho, e ao nosso também, trabalhadores da cultura que somos.
Um abraço,
quarta-feira, 20 de junho de 2007
Leandro Maia e Os Relógios de Frederico na Série Compassos

Domingo, 17 de junho de 2007. Último dia de apresentações da Série Compassos, uma realização da Casa Elétrica Produtora Cultural na Sala Álvaro Moreira. Devido a alguns compromissos profissionais não estive presente nos shows de sexta-feira e sábado - ou seja, perdi Alexandre Vianna Trio, Vanessa Longoni, Ângelo Primon e Maria Vai Com as Outras - e por isso vou falar apenas do show de domingo, um feliz consórcio entre Leandro Maia e Os Relógios de Frederico.
Leandro mostrou ao público as músicos de seu CD PALAVREIO - ainda em fase de gravação - que deverá ser lançado no segundo semestre deste ano. Com a maturidade de quem já refletiu muito sobre seu fazer artístico Leandro compartilhou com o públicou seus experimentos semânticos/sonoros/literários acompanhado de músicos que tiveram sensibilidade para copreender sua proposta. O resultado foi um show muito bonito, agradável e instigante. Veja a ficha técnica logo abaixo.
E o que dizer de Os Relógios de Frederico? É uma super banda, já estou ficando até chato de tanto elogiar os caras! O show foi basicamente com músicas não-gravadas, contando com apenas quatro das lançadas em CD. Foi muito bom que o tamanho da Sala Álvaro Moreira tenha permitido uma sonorização muito leve, quase acústica. Com isso foi possível perceber todas as nuances que o septeto se propõe e enxergar mais de perto as performances cênicas e as bailadinhas da dupla Mapa-Siervo. Resumindo: um arraso!
Fichas Técnicas:
Leandro Maia (conheça mais em http://palavreio.blogspot.com)
Miguel Tejera: baixo
Mimo Aires: Percussão
Vinícius Prates: Flauta
Relógios de Frederico (veja em http://www.relogiosdefrederico.mus.br)
Maurício Nader: baixo
Luciano Zanatta: sax alto
Leonardo Boff: teclados
Diego Silveira: bateria
Gilberto Ribeiro Junior: guitarra
Mateus Mapa: voz e flauta
Rodrigo Siervo: sax tenor e voz
Era isso. Grande abraço,
Moysés Lopes.
sábado, 12 de maio de 2007
Discotecagem eletroacústica
Música independente: esta é a base do trabalho de discotecagem que tenho desenvolvido utilizando recursos eletrônicos, instrumentos acústicos e técnicas de Mashup. A receita é simples: ouvir, desmontar e remontar a diversidade musical e as sonoridades do mundo inteiro. O repertório é executado ao vivo numa performance 'live electronic' e, sempre que possível, com a participação de músicos convidados que interagem improvisando sobre as propostas eletrônicas, criando um diálogo vivo, criativo e estimulante.
Veja alguns dos artistas constantes do repertório:
Kudsi Erguner Ensemble (Turquia)
Trio Manari (Brasil - Amazonas)
Gnawa Essaouira (Marrocos)
Adolfo Almeida Júnior (Brasil - Rio Grande do Sul)
Gezortenplotz (Alemanha)
DJ Dolores (Brasil - Pernambuco)
Tara Fuki (Polônia)
Relógios de Frederico (Brasil - Rio Grande do Sul)
Compay Segundo, Rubén González & Ibrahim Ferrer (Cuba)
Banda Repolho (Brasil - Santa Catarina)
Iva Bittova (República Checa)
Siba Veloso e a Fuloresta do Samba (Brasil - Pernambuco)
Avangard (Rússia)
Balzacs (Brasil - Rio Grande do Sul)
Bob Ostertag (USA)
Camerata Brasileira (Brasil - Rio Grande do Sul)
Kojiro Umezaki (Japão)
Lixo Extraordinário (Brasil - Rio de Janeiro)
Manou Gallo (Costa do Marfim)
Umagoma (Brasil - Sãp Paulo)
Nganasan (Sibéria)
Fuzzly (Brasil - Mato Grosso)
Tribo Wallano (Etiópia)
Pagode da Masseira de Tereza Felix (Brasil - Alagoas)
Abayudaya (Uganda)
A lista está crescendo... Acompanhe algumas mostras deste trabalho no meu site no Multiply.
Um abraço,
Veja alguns dos artistas constantes do repertório:
Kudsi Erguner Ensemble (Turquia)
Trio Manari (Brasil - Amazonas)
Gnawa Essaouira (Marrocos)
Adolfo Almeida Júnior (Brasil - Rio Grande do Sul)
Gezortenplotz (Alemanha)
DJ Dolores (Brasil - Pernambuco)
Tara Fuki (Polônia)
Relógios de Frederico (Brasil - Rio Grande do Sul)
Compay Segundo, Rubén González & Ibrahim Ferrer (Cuba)
Banda Repolho (Brasil - Santa Catarina)
Iva Bittova (República Checa)
Siba Veloso e a Fuloresta do Samba (Brasil - Pernambuco)
Avangard (Rússia)
Balzacs (Brasil - Rio Grande do Sul)
Bob Ostertag (USA)
Camerata Brasileira (Brasil - Rio Grande do Sul)
Kojiro Umezaki (Japão)
Lixo Extraordinário (Brasil - Rio de Janeiro)
Manou Gallo (Costa do Marfim)
Umagoma (Brasil - Sãp Paulo)
Nganasan (Sibéria)
Fuzzly (Brasil - Mato Grosso)
Tribo Wallano (Etiópia)
Pagode da Masseira de Tereza Felix (Brasil - Alagoas)
Abayudaya (Uganda)
A lista está crescendo... Acompanhe algumas mostras deste trabalho no meu site no Multiply.
Um abraço,
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