quarta-feira, 25 de junho de 2008

Economia da Cultura e Economia Solidária em Caxias do Sul

O Fórum de Economia da Cultura e o DCE da Universidade de Caxias do Sul (UCS) promovem no dia 25/06/2008, no plenarinho da Câmara de Vereadores de Caxias do Sul, a partir das 19h, com entrada franca, um debate sobre economia da cultura e economia solidária. Farão parte da mesa de debates: Deputado Zülke, Santiago Neto (Banda Sombrero Luminoso), Cícero Neves (Cia. Teatral Ameixa Fúcsia), Rodrigo Beltrão (Fórum Regional de Economia Solidária), Liliane Viero Costa (analista e crítica cultural) e eu, Moysés Lopes, representando o Fórum Permanente de Música do RS.

Aproveito o espaço deste blog para deixar os tópicos que abordarei e algumas dicas de leitura. Vejamos:

Economia da Cultura

1) Histórico
- Origem do termo "Economia da Cultura" - leia em http://www.culturaemercado.com.br/post/economia-da-cultura-ou-economia-criativa-pondo-os-pingos-nos-is/.

2) O que é "cultura"? De qual cultura estamos falando? Dimensões antropológica e sociológica.
Leia mais no artigo de Isaura Botelho intitulado "As dimensões da cultura e o lugar das políticas públicas", disponível em www.centrodametropole.org.br/pdf/Isaura.pdf.

3) Diferença entre as terminologias
- indústrias culturais - leia a definição na Wikipedia
- indústrias criativas - leia a definição na Wikipedia
- economia criativa - leia a definição na Wikipedia
- indústria do entretenimento - tire suas concusões!

4) Economia da cultura no mundo
- Acordo Blum-Byrnes (1946) - Procure no Google, tem milhões de sites que falam a respeito, a maioria deles em inglês.
- Inglaterra - www.britishcouncil.org/arts.htm - www.dcms.gov.uk
- Chile - Convénio Andrés Bello - http://www.convenioandresbello.org
- França - Portal da cultura francesa - www.culture.fr

5) Fluxo dos recursos (como o dinheiro chega à cultura?)
*Obs: Até a data do evento emCaxias do Sul (25/06/2008) não produzi nenhum texto sobre este assunto. Abaixo, as idéias sobre as quais discorrerei.
- constância do volume mundial de recursos financeiros
- situação social: o amadurecimento das sociedades
- a cultura como provedora de sentido à existência humana
- a cultura como agente na percepção de valores e marcas

6) Dicas de leituras
- livro "Economia da Cultura e Desenvolvimento Sustentável" (Ana Carla
Fonseca Reis)
- livro "Cultura e Economia" (Paul Tolila) - disponivel para download em www.cultura.gov.br
- livro "“Performing Arts – The economic dilema”, (Willian J. Baumol e Willian Bowen), 1966
- artigo "The production and consumption of the arts: A view of cultural economics" (David Thorsby), 1994
- The Music Council of Australia - www.mca.org.au
- Portal BM&A - www.bma.org.br
- British Council - Arts - www.britishcouncil.org/arts.htm
- Department for Culture Media and Sport - www.dcms.gov.uk
- Portal da Cultura Francesa - www.culture.fr
- Creative Clusters - www.creativeclusters.com
- Garimpo de Soluções - www.garimpodesolucoes.com.br
- Cultura e Mercado - www.culturaemercado.com.br
- Lab For Culture - www.labforculture.org

quinta-feira, 19 de junho de 2008

Gestão e Planejamento de Carreira Para Músicos


Preparei este texto como leitura prévia de uma palestra/oficina sobre “Gestão e Planejamento de Carreira para Músicos”. Sua função original era introduzir o tema para que eu pudesse encurtar a parte expositiva do trabalho e partir logo para os exercícios práticos que são - na minha opinião - a parte mais divertida e proveitosa.

Em virtude do sucesso do Seminário Exportação da Música resolvi colocar este texto à disposição. Acho até que ele merece uma revisão, pois a última ocorreu em 2006, mas iso ficará para outra hora... :-)

Em caso de dúvidas ou colaborações basta deixar um comentário para mim.

Boa leitura!

(Clique aqui para acessar o arquivo)

quarta-feira, 11 de junho de 2008

Projeto Imagem & Comprador em Porto Alegre - Postagem I


O Rio Grande do Sul fará parte, pela primeira vez, do calendário dos projetos de exportação da música brasileira Imagem & Comprador , desenvolvidos pela Brasil Música e Artes (BMA) em parceria com a Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (APEX Brasil). Os projetos serão realizados na segunda quinzena de agosto em Porto Alegre. O seminário Exportação da Música marcado para o dia 11 de junho no teatro Dante Barone da Assembléia Legislativa será a primeira atividade preparatória ao evento.

A vinda do Imagem & Comprador está sendo organizada pelo Fórum de Economia da Cultura, coordenado pelo deputado estadual Ronaldo Zülke (PT) na Comissão de Economia e Desenvolvimento da Assembléia Legislativa, juntamente com o Santander Cultural e Sebrae RS. O evento contará com a presença de Michel Nicolau, consultor institucional da BMA, de David McLoughlin, gerente do projeto de exportação Música do Brasil , executado pela BMA e Apex Brasil, e por mim, Moysés Lopes.

Neste link você pode baixar em PDF as lâminas que preparei para o seminário. Na próxima postagem comentarei o evento.

Um abraço,

quarta-feira, 28 de maio de 2008

Asfalto ou paralelepípedo?


Sou um portoalegrense convicto. Nasci nesta cidade e por ela tenho um carinho especial. Quando adolescente ouvia amigos estrangeiros reclamarem da quantidade de ruas de paralelepípedo em Porto Alegre. Segundo eles, a modernidade se instalara na malha viária de suas metrópoles sob a forma de uma espessa camada negra.

Dores-de-cotovelo à parte segui crescendo entre pedras e atualmente acho um charme incrível estas ruas revestidas de história e tradição, e é exatamente por isso é que com tristeza e indignação observo o asfalto tomando conta das ruas de minha cidade. E me pergunto: O que há de moderno em sufocar bueiros e reduzir drasticamente a altura dos meio-fios? Como se não bastasse a sandice do poder público, a iniciativa privada também chama para si o direito de destruir, revestindo até mesmo as vias da histórica Cervejaria Continental da Brahma, na rua Cristóvão Colombo, onde hoje se encontra o Shopping Total.

O mais curioso de tudo é que depois de acabarem com a permeabilidade das ruas, governo e sociedade civil discutem, arquitetam e implantam sistemas subterrâneos de coleta da água das chuvas. Alguém entende isso?

quarta-feira, 14 de maio de 2008

As 10 questões da Música 2.0


Há uma excelente postagem no Remixtures comentando uma outra postagem do Hypebot, uma espécie de Top 10 dos obstáculos que a Música 2.0 terá de enfrentar. Vale a pena a leitura!

Um abraço,

segunda-feira, 28 de abril de 2008

Relatório de Audição #15161 - Bill Laswell - Method Of Defiance


Finalmente vou começar a escrever um relatório de audição... O primeiro cara é uma audição do dia 22/04/2008. Descobri o Bill Laswell em CDs do John Zorn, e recentemente comprei o download deste disco Method Of Defiance. O cara é um cavalo, muito bom mesmo.

Tu podes escutá-lo de graça no Last FM, nesta página, ou ler sobre ele (em inglês) nesta outra.

Abraçø,

Nø¥ß& Løøpß

sexta-feira, 4 de abril de 2008

Concurso público para produtor cultural (mas graduado em comunicação!)


Recebi o e-mail abaixo de meu amigo Álvaro Santi, figura séria e competente que me autorizou ampla divulgação. Impressionante constatar onde alcança o braço corporativista de algumas categorias.

Boa leitura.

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De: Alvaro Santi
Enviada em: quarta-feira, 2 de abril de 2008 11:51
Para:
Assunto: concurso para produtor cultural

Ilma. Sra. Pró-Reitora de Extensão
Sara Viola Rodrigues

Dirijo-me a V. Sa. com o propósito de, antes de tudo, parabenizá-la pela realização de concurso público para preenchimento de vagas de PRODUTOR CULTURAL. A programação cultural dessa Universidade, reconhecida amplamente pela comunidade, sempre primou pela qualidade e pelo acesso universal, pelo menos desde os anos 80, quando do meu ingresso como aluno. E colaborou decisivamente para eu ter escolhido a carreira artística, quando já matriculado no curso de Geologia. No entanto, não posso deixar de registrar minha perplexidade ao saber que é pré-requisito para este cargo a graduação em COMUNICAÇÃO SOCIAL. Difícil entender quais razões nortearam tal exigência. A Universidade considera que seus alunos egressos dos bacharelados e licenciaturas em música, artes cênicas, artes visuais, e mesmo de letras, não têm competência para exercer esta atividade? Outra hipótese que me ocorre seria a submissão à padronização do gosto imposta pela grande mídia, que nos empurra goela abaixo os padrões estéticos que ela mesma elege, sabe-se lá por que motivos; ou simplesmente o anunciante que paga mais. Pode-se também apelar para o entendimento tácito, igualmente difundido pelos meios de comunicação, de que o curso de Comunicação Social (em especial o Jornalismo) confere uma espécie de super-poder aos seus alunos, habilitando-os, com um mínimo de conhecimento, opinar sobre praticamente qualquer área do conhecimento, do futebol à política, passando pela arte, esta já historicamente um campo aberto ao diletantismo. Ou seria uma opção preferencial pela visibilidade do evento artístico, em detrimento da qualidade do seu conteúdo? Ou ainda, uma exigência destinada a defender o mercado de trabalho de uma categoria profissional mais organizada institucionalmente, nefasta infiltração de critérios corporativistas na redação deste Edital? Qualquer uma dessas hipóteses me parece absurda, se confrontada com o valioso trabalho desenvolvido até hoje na área cultural pela Universidade.


Não vai aqui qualquer menosprezo aos profissionais da comunicação, e sim uma defesa ao mesmo tempo da especificidade do conhecimento artístico e da mais ampla oportunidade de trabalho, atendendo à diversidade própria do campo cultural. Exemplifico com um depoimento pessoal: em 1996, a Prefeitura de Porto Alegre realizou concurso para técnicos em cultura, visando criar um quadro de pessoal estável para a SMC, então com poucos anos de existência. Foram abertas vagas para todas as artes, além de ciências sociais, museologia, antropologia e comunicação social. Isto não obstante já haver no quadro profissionais "técnicos em comunicação social". Graças a este concurso, eu e outros ex-alunos da UFRGS tivemos a oportunidade de trabalhar em produção cultural no serviço público. Ainda que a grade curricular do meu curso, meio desconectada da realidade, não tenha me preparado para isso, tenho a pretensão de estar contribuindo desde então para qualificar a gestão pública de cultura, como parte de um corpo funcional bastante diversificado.

Dessa forma, venho apelar a V. Sa.para que suspenda o concurso, retificando o edital com a finalidade de ampliar a possibilidade de acesso a todas as áreas artísticas.


Cordialmente,


Álvaro Santi
Bacharel em Música e Mestre em Letras pela UFRGS
Titular do Conselho Nacional de Política Cultural/MinC
Gerente do FUMPROARTE/SMC