sábado, 12 de maio de 2007

Discotecagem eletroacústica

Música independente: esta é a base do trabalho de discotecagem que tenho desenvolvido utilizando recursos eletrônicos, instrumentos acústicos e técnicas de Mashup. A receita é simples: ouvir, desmontar e remontar a diversidade musical e as sonoridades do mundo inteiro. O repertório é executado ao vivo numa performance 'live electronic' e, sempre que possível, com a participação de músicos convidados que interagem improvisando sobre as propostas eletrônicas, criando um diálogo vivo, criativo e estimulante.

Veja alguns dos artistas constantes do repertório:

Kudsi Erguner Ensemble (Turquia)
Trio Manari (Brasil - Amazonas)
Gnawa Essaouira (Marrocos)
Adolfo Almeida Júnior (Brasil - Rio Grande do Sul)
Gezortenplotz (Alemanha)
DJ Dolores (Brasil - Pernambuco)
Tara Fuki (Polônia)
Relógios de Frederico (Brasil - Rio Grande do Sul)
Compay Segundo, Rubén González & Ibrahim Ferrer (Cuba)
Banda Repolho (Brasil - Santa Catarina)
Iva Bittova (República Checa)
Siba Veloso e a Fuloresta do Samba (Brasil - Pernambuco)
Avangard (Rússia)
Balzacs (Brasil - Rio Grande do Sul)
Bob Ostertag (USA)
Camerata Brasileira (Brasil - Rio Grande do Sul)
Kojiro Umezaki (Japão)
Lixo Extraordinário (Brasil - Rio de Janeiro)
Manou Gallo (Costa do Marfim)
Umagoma (Brasil - Sãp Paulo)
Nganasan (Sibéria)
Fuzzly (Brasil - Mato Grosso)
Tribo Wallano (Etiópia)
Pagode da Masseira de Tereza Felix (Brasil - Alagoas)
Abayudaya (Uganda)

A lista está crescendo... Acompanhe algumas mostras deste trabalho no meu site no Multiply.

Um abraço,

sábado, 28 de abril de 2007

A Aposta dos Deuses


Este é o nome do último livro de Álvaro Santi, um poema dramático gestado por 5 anos e publicado com uma aquarela de Márcia Cristina Lange na capa. Rapaz de bom gosto este Álvaro. Antes de falar do texto em si vale uma menção à Nota do Autor, onde ele discorre sobre o processo (longo) de construção da idéia de fazer um poema dramático baseado nos princípios opostos do apolíneo e do dionisíaco. Melhor ainda foi ampliar meu vocabulário. Vocês sabem o que é uma 'redondilha'? Agora eu sei...

O texto é extremamente criativo e prende logo ao início da leitura, tendo se mostrado fluido, inteligente e interessante. Aliás, flui tanto que logo ao terminar iniciei novamente a leitura, pois temi ter perdido algum detalhe 'sântico'. Explico: Álvaro é extremamente irônico, dono de uma ironia elegante e por vezes tão sutil que pode restar escondida em algum canto do texto acaso não estejamos vigiliantes. Pela fluidez do texto temi perder alguma dessas e prontamente reiniciei a leitura, atento como um cão perdigueiro. Tanto melhor! A leitura pausada permitiu-me deliciar com a variedade de ritmos explorados pelo autor.

Espero que em breve nossos diretores de teatro possam deitar olhos sobre 'A Aposta dos Deuses'. Como obra pude desfrutar apenas de sua face 'poema', adoraria ver seu lado 'dramático' realizado.

Abraços,

domingo, 25 de março de 2007

Relogios de Frederico?

Vocês já ouviram falar da banda "Relógios de Frederico"? Pois é, pensei em escrever sobre eles aqui no blog mas a Relógios é uma banda tão impressionante que resolvi fazer mais do que isso e começou a pintar a idéia de um podcast com os "fredelógios" (nome carinhoso dos componentes da banda).

Para mim esta é uma das melhores bandas que eu já ouvi na vida, mas eles curiosamente parecem ser avessos ao sucesso! Se os Estados Unidos tem Frank Zappa e John Zorn; se a Espanha tem Picasso e se a França tem Ionesco, nós temos Relógios de Frederico.

Quer ver como os caras são esquisitos? Procurei áudio deles na internet para colocar aqui nesta postagem e não achei. Vocês podem ler um pouco sobre eles no programa música do mundo mas também é só. Nem na Tratore, distribuidora do segundo CD da banda, o "Chumbo Grosso", tem música para ouvir. Eles realmente são um fenômeno.

Querem conhecer mais sobre a Relógios? Aguarde o podcast, eu os avisarei.

Um abraço,

Moysés Lopes

sábado, 10 de março de 2007

Adolfo de Almeida Junior: Paradoxo Para Todos


"Quero lembrar a todos que estamos vivos! Porque música é arte, e arte é expressão, e expressão é nossa centelha de vida..."

Esta é uma das pérolas que se pode encontrar no CD "Paradoxo Para Todos", de adolfo Almeida Júnior, mas não se trata de uma música, é um texto do encarte. Não me canso de dizer que este é um dos melhores CDs que ouvi em 2006. Se o Adolfo tivesse registrado somente seu domínio técnico do instrumento já seria um ótimo trabalho, mas ele abusou e registrou a música que lhe vai na alma, e com isso nós ouvintes ganhamos uma obra prima. Para realizá-la cercou-se de amigos e parceiros de música que tiveram sensibilidade para entender sua proposta, assim descrita no encarte do CD:

"Este é um disco de improvisações. Nada foi pré-composto, nem ensaiado, nem combinado. Tudo é improvisado, com exceção de 'Manequim'. Pode-se ouvir 'erros', desafinações, desencontros e 'acertos' parece música escrita!..."

Participaram Luiz Mário 'Ventania', Diogo de Haro, Fábio Mentz, Teco Cardoso, Marcelo Corsetti, Catulo Parra, Cristina Cambeses e Arthur de Faria.

Seria interessante você ouvi-los...

terça-feira, 27 de fevereiro de 2007

Kim Ribeiro: 40 anos de musica.


Eu era um adolescente apaixonado por música na Porto Alegre dos anos 80 quando ouvi pela primeira vez falar de Kim Ribeiro. Consegui assiti-lo algumas vezes antes de me mudar para Santa Maria, no interior do Rio Grande do Sul. Quando retornei ele não residia mais na cidade. Em 2003 eu coordenei as comemorações do Dia Nacional do Choro em Porto Alegre quando Maureen Mandelli (figura querida!) da Coordenação de Música ligou e disse que Kim Ribeiro havia entrado em contato com ela pois viria a Porto Alegre e gostaria de participar da programação musical da cidade. Fiquei entusiasmado com a possibilidade: depois de uma rápida troca de telefones e algumas combinações mínimas nos encontramos para um ensaio e tocamos (Camerata Brasileira + Kim) juntos no DNC 2003, no Mercado Público de Porto Alegre. Fiquei feliz, muito feliz, principalmente por rever um dos ícones da minha juventude, sujeito gente boa prá caramba! De lá prá cá ficamos amigos e quando vem à Porto Alegre ele sempre entra em contato. Assim foi no segundo semestre de 2006: ele veio, mas não nos encontramos pois me desorganizei, deixei a turbulência da vida me carregar e acabei não encontrando com Kim. Fiquei chateado, mas ele me deixou de presente um exemplar do CD "40 Anos de Música", ao qual ele seguidamente se referia em e-mails como "o Quarentinha".

São 40 anos de muita música, de música plural, de um músico que só o que quer é ser feliz com sua música e não se poupa para isto. Temos muitos KIMs neste disco, do músico tradicional ao compositor experimental, passando pelo virtuose, pelo chorão, pelo jazzista. Basta ver o envolvimento que Kim tem com a música nos comentários que ele faz no encarte do CD, onde uma leitura mais atenta detecta histórias de viagens, de locais, de estúdios, de músicos, parceiros, técnicos... Este é um disco de muitas vivências, de reuniões, é um disco de síntese repleto de sonoridades ricas, instrumentações geniais, melodias não usuais, mudanças de andamento, texturas delicadas, enfim tudo feito com um esmero típco, de quem é apaixonado pelo que faz.

Não tinha como ser diferente: o disco é a cara do Kim. Boa audição para todos.

Veja mais sobre o Kim no seu site.

sábado, 17 de fevereiro de 2007

1... 2... 3... Bloggando!

Agora vai... Resolvi escrever neste blog para poder manifestar alguns pensamentos, dizer bobagens, falar sobre as músicas que tenho ouvido, sobre os shows que tenho assistido, enfim... dividir um pouco meus pensamentos com outras pessoas - se é que alguém vai querer ler o que escrevo. Tenho alguns escritos em outros locais, tais como o Multiply, o blog da Camerata Brasileira e o Overmundo, mas o negócio agora é dar uma centralizada por aqui. Vamos ver se vai rolar, espero não cair na vala comum, que é iniciar o Blog e deixar o pobre diabo aos deus-dará depois.

Até breve, eu espero... :-)