sábado, 1 de setembro de 2007

A Euterpia - Belém do Pará


Conheci Marisa Brito, Antônio Maria Novaes, Márcio Pato e Carlos Canhão, da banda A Euterpia, de Belém do Pará, na Feira da Música de Fortaleza 2007 (fiquei sem conhecer Tom Salazar Cano, que não estava lá...). Por uma coincidência de agenda não assisti ao show deles no Palco do Rock (Centro Cultural Bom Jardim) mas, simpáticos como são, presentearam-me com seu disco Revirando o Sótão, o qual também não cheguei a escutar durante minha estada no Ceará. Porém, para minha sorte, como uma espécie de compensação a estes desencontros, desfrutei de bons momentos com Marisa, Pato e Canhão quando, na beira da praia de Iparana (esta aí acima), tomamos algumas cervejinhas e batemos um gostoso papo sobre música, produção, cultura e outras tantas coisas boas da vida. Falantes prolíferos e ouvintes atentos, de pronto reconheci pessoas queridas e positivas, que vêem nas adversidades da profissão motivos para a busca e o desenvolvimento. Voltei para Porto Alegre com a sensação de que escutá-los seria uma boa experiência e não me enganei: o disco é um achado, cheio de arranjos não-convencionais e de um humor tão intenso quanto refinado. As estruturas dos arranjos vez por outra brincam com o discurso tradicional e apresentam soluções inteligentes para as questões estéticas que eles apresentam a si próprios. Isto sem falar, é claro, de sua competência como instrumentistas e cantores. Ouvindo-os tive a impressão de que o processo de elaboração do disco Revirando o Sótão deve ter sido pura confraternização, verdadeira celebração da arte, como soem ser projetos de pessoas bacanas como eles. Quem quiser pode ouvi-los no MySpace através deste link. Ouça e deixe-se levar pela música desta rapaziada boa de Belém do Pará. Preferidas no Revirando o Sótão? Tenho sim! Não consigo parar de escutar Brechot do Brega, Dia de Alcatrão, Dentro da Caixa, Cinemática e a faixa que dá título ao CD, Revirando o Sótão. Aliás, tenho escutado tanto que, citando-os, pergunto-lhes: Como é que a gente sai de lá, como é que faz prá voltar?

Um comentário:

Anônimo disse...

Você, inicialmente, passa a idéia de q. não iria ter a satisfação de 1 momento bom c/ esse grupo do nordeste, embora conclua q. foi positivo. O Moysés escrevendo deste jeito p/ mim é 1 pessoa desconhecida. Vc escreve muito bem. Parabéns! Apesar de eu "paulista", lendo os seus regionalismos c/ o português correto, me sinto muito afastada do Rio Grande. Fico feliz por vc q. se fez como músico, q. reconhece o resto do Brasil, mas não perdeu a sua origem. Beijos da sua amiga Juliane!