terça-feira, 27 de fevereiro de 2007

Kim Ribeiro: 40 anos de musica.


Eu era um adolescente apaixonado por música na Porto Alegre dos anos 80 quando ouvi pela primeira vez falar de Kim Ribeiro. Consegui assiti-lo algumas vezes antes de me mudar para Santa Maria, no interior do Rio Grande do Sul. Quando retornei ele não residia mais na cidade. Em 2003 eu coordenei as comemorações do Dia Nacional do Choro em Porto Alegre quando Maureen Mandelli (figura querida!) da Coordenação de Música ligou e disse que Kim Ribeiro havia entrado em contato com ela pois viria a Porto Alegre e gostaria de participar da programação musical da cidade. Fiquei entusiasmado com a possibilidade: depois de uma rápida troca de telefones e algumas combinações mínimas nos encontramos para um ensaio e tocamos (Camerata Brasileira + Kim) juntos no DNC 2003, no Mercado Público de Porto Alegre. Fiquei feliz, muito feliz, principalmente por rever um dos ícones da minha juventude, sujeito gente boa prá caramba! De lá prá cá ficamos amigos e quando vem à Porto Alegre ele sempre entra em contato. Assim foi no segundo semestre de 2006: ele veio, mas não nos encontramos pois me desorganizei, deixei a turbulência da vida me carregar e acabei não encontrando com Kim. Fiquei chateado, mas ele me deixou de presente um exemplar do CD "40 Anos de Música", ao qual ele seguidamente se referia em e-mails como "o Quarentinha".

São 40 anos de muita música, de música plural, de um músico que só o que quer é ser feliz com sua música e não se poupa para isto. Temos muitos KIMs neste disco, do músico tradicional ao compositor experimental, passando pelo virtuose, pelo chorão, pelo jazzista. Basta ver o envolvimento que Kim tem com a música nos comentários que ele faz no encarte do CD, onde uma leitura mais atenta detecta histórias de viagens, de locais, de estúdios, de músicos, parceiros, técnicos... Este é um disco de muitas vivências, de reuniões, é um disco de síntese repleto de sonoridades ricas, instrumentações geniais, melodias não usuais, mudanças de andamento, texturas delicadas, enfim tudo feito com um esmero típco, de quem é apaixonado pelo que faz.

Não tinha como ser diferente: o disco é a cara do Kim. Boa audição para todos.

Veja mais sobre o Kim no seu site.

4 comentários:

Álvaro Santi disse...

Graaaande Moyses,

Também tenho admiração por este músico, que vi tocar pela primeira vez naqueles anos do iniciais do Unimúsica, na Reitoria. Depois, descobri lá na biblioteca do Instituto de ARtes, um LP (sim, eles emprestavam LPs, claro que isso abreviava um pouco a vida útil deles) gravado por ele com um violonista chamado... Deves ter ouvido também este disco. Ali tinha ainda outra faceta do cara, meio renascentista.
Só fui ver de novo ele tocando no Mercato Jazz, ano passado, com a Dúnia no piano. Uma noite dos deuses.

Que boa surpresa seu blog, longa vida a ele. Quem sabe agora eu tomo vergonha e volto a escrever no meu. Abraço.

Santi

Leo disse...

Moysés!! Que surpresa maravilhosa o teu blog! Coisa boa a gente poder estabelecer contato com as pessoas queridas que estão longe. Tenho certeza de que o blog prosperará!

Forte abraço,
saudades,
Leonor

Fabio Gomes disse...

Longa vida ao blog!

Fabio Gomes

Unknown disse...

Grande tiu..
Vida longa ao Blog do MUMU :-)